Pernambuco registrou quatro abalos sísmicos em menos de duas semanas; especialistas alertam para possível reativação de falhas geológicas na região
Em um intervalo inferior a duas semanas, o estado de Pernambuco foi surpreendido por uma sequência de quatro tremores de terra, um deles registrado no município de São Joaquim do Monte, no Agreste do estado, no último dia 8 de maio. O fenômeno, de magnitude 2.1 na escala Richter.
Segundo o engenheiro eletricista André Tavares, do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN), os eventos sísmicos registrados no estado têm relação direta com falhas geológicas existentes na região, que estariam sendo reativadas ou movimentadas. “Esses tremores são resultados da liberação de energia acumulada nessas falhas. São eventos naturais, mas não podem ser previstos quanto à data, local exato ou intensidade”, explica Tavares.
Além do ocorrido em São Joaquim do Monte, também foram registrados tremores em Caruaru (nos dias 6 e 16 de maio, com magnitudes de 2.0 e 1.9, respectivamente) e em Paudalho, na Zona da Mata, também no dia 6 de maio, com intensidade semelhante. A recorrência dos eventos, em um curto espaço de tempo, tem despertado atenção para a atividade sísmica na região.
Tavares destaca ainda que, apesar da intensidade moderada dos eventos recentes, é possível que novos tremores ocorram, inclusive com magnitudes maiores. O Laboratório Sismológico da UFRN segue monitorando continuamente a atividade sísmica na região.
